Prosseguindo o estudo sobre as teorias a respeito da composição da matéria, é interessante salientar que os primeiros pensadores da cidade de Mileto são denominados Pré – Socráticos, pois precederam Sócrates.
Em Éfeso, principal cidade da região da Jônia (mesma região onde ficava Mileto), surgiu outro filósofo chamado Heráclito.
Heráclito era um homem arrogante e misantropo (tinha aversão à sociedade, aos homens). Na velhice chegou ao ponto de abandonar sua cidade para viver nas montanhas, alimentando-se de capim e ervas.
Heráclito tinha outra ideia sobre a composição das coisas, para ele o elemento fundamental a partir do qual o mundo se formou era o fogo. Discordava da proposição de Anaxímenes raciocinando que se o ar podia se transformar em água, terra, pedra e em todos os demais materiais, não poderia continuar sendo ar, nem tampouco poderia ser a substância formadora de toda matéria.
E por que Heráclito acreditava que o elemento que teria dado origem a todos os materiais seria o fogo? Porque para ele o mundo estava em constante transformação. Uma prova disto são suas célebres frases: “Nenhum homem entra duas vezes no mesmo rio” e “ O sol é novo a cada dia”. O fogo seria, segundo ele, o responsável por essas transformações consumindo as coisas e transformando-as em toda a diversidade de materiais. Sua teoria afirmava que o único elemento que não sofria transformação era o fogo, sendo, portanto o formador de todas as coisas.
Heráclito morreu de hidropisia, uma doença que provoca a retenção de fluido nos tecidos. Desceu a Éfeso em busca de tratamento e, exibindo toda a sua arrogância característica, propôs aos médicos o seguinte enigma: “São capazes de criar uma estiagem após uma chuva pesada”. Como os médicos não conseguiram responder a sua pergunta, Heráclito decidiu curar-se sozinho. Foi a um estábulo e enterrou-se no esterco (excremento animal) achando que o calor extrairia o fluxo do seu corpo. Seu método foi ineficaz, ele faleceu.
REFERÊNCIAS:
STRATHERN, P. O sonho de Mendeleiev: a verdadeira história da química. Jorge Zahar editora LTDA, Rio de Janeiro, 2002.
REIS, M. Completamente Química. FTD, São Paulo, 2001
Episódio 1 da série Mundos Invisíveis exibida pelo fantástico em 2008.
Site: http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=6 Acesso em 8 de abril de 2010
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